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quinta-feira, maio 05, 2016

[K-Drama] Marriage Contract


[K-Drama] Marriage Contract

Título (Inglês/Rom./Hangul): Marriage Contract/Gyeolheun Gyeyak/결혼계약
Direção: Kim Jin-Min
Roteiro: Jung Yoo-Gyung
Emissora: MBC
Episódios: 16
Ano: 2016

Sinopse: Ji Hoon é um filho ilegítimo de uma família rica. Quando a sua mãe descobre que precisa de um doador para um transplante de fígado e que se não arranjar um doador urgente ela pode morrer, ele resolve arranjar um membro da família para a realização da cirurgia. Porém o único irmão de sua mãe se recusa a fazer a doação e assim ele decide fazer um contrato de casamento como último recurso para salvar a sua mãe. Hye Soo está atolada em dívidas deixadas por seu falecido marido e vive sua vida fugindo dos cobradores juntamente com sua filha. Quando ela descobre que tem um tumor cerebral, ela deixa de lado sua timidez e assina o contrato matrimonial com Ji Hoon para quitar com suas dívidas. 

Na minha lista de estréias a acompanhar este ano, Marriage Contract entrou de penetra.
Meu interesse começou quando os pôsters de divulgação apareceram, mas com a febre #DOTS ainda no ar, acabou ficando em segundo plano. Aliás, Descendants of the Sun (O hit de 2016) ofuscou o brilho tanto de Marriage Contract quanto de Please, Come Back Mister. Dois excelentes dramas que, de certeza, passaram despercebido por muita gente que andava, na altura, surtando com SongSongCouple e companhia (eu incluída).
Mas, voltando ao título do post, apetece-me fazer uma resenha por tópicos desta dez.
Vamos lá às razões para assistir!

  • Hye Soo (UEE)

Pense numa mulher forte. Nossa heroína é a personificação do título "mãe-coragem". 
Hye Soo perdeu o marido num acidente e ganhou de herança uma dívida que ele tinha contraído aos agiotas. Com uma filha pequena para criar (a fofa Eun Sung), ela luta como pode para sobreviver.
Como num bom melodrama que se preze, a desgraça não acaba aí.
Certo dia, Hye Soo quase é atropelada e, como acaba perdendo os sentidos, é levada ao hospital onde faz um checkup, vindo a descobrir que tem um tumor inoperável no cérebro, com uma percentagem mínima de sobrevivência mesmo com tratamento.
É, nossa mocinha não tem sorte nenhuma na vida. Mas isso está prestes a mudar.
Hye Soo se oferece, e é contratada, para trabalhar no restaurante de Ji Hoon (que é, por obra e graça de dramaland, a pessoa que quase a atropelou).
Se tem coisa que aprecio numa história, seja ela qual for, é uma personagem feminina forte. E UEE está de parabéns pelo trabalho de interpretação com sua Hye Soo. As decisões que ela toma ao longo da história podem ser, aos olhos da generalidade das pessoas, completamente discutíveis. Mas, o que é capaz de fazer uma mãe com poucos recursos, com agiotas à perna cobrando uma dívida e, como se não bastasse, descobrindo que tem os dias contados, para garantir o futuro de sua filha? Por mais que possa ser criticável do ponto de vista moral é totalmente compreensível a posição da nossa mãe-coragem.

  • Ji Hoon (Lee Seo Jin)


À primeira vista, nosso mocinho é um canalha de primeira. Dono de um restaurante, filho de um magnata, Ji Hoon nos é apresentado com o típico bon vivant.
Quando descobre que sua mãe, Oh Mi Ran, está doente e só um transplante de fígado pode salvá-la, Ji Hoon é levado a agir e, ao ver recusado o pedido ao seu tio para que doasse o fígado à sua irmã, só lhe passa pela cabeça uma solução: convencer uma mulher a se casar com ele e, em troca de uma quantia generosa, como é óbvio, conseguir assim um doadora para sua mãe.
Hye Soo ouve uma conversa e, precisando desesperadamente de dinheiro para pôr sua vida em ordem e garantir um futuro digno para Eun Sung antes que sua doença avançasse, oferece-se de imediato para casar-se com Ji Hoon.
E começa aí o nosso drama.

É público e notório que eu tenho uma queda por ahjussis, e mais ainda por personagens masculinos com desvios de conduta, então dá pra ver que Ji Hoon foi, pra mim, paixão à primeira vista. Mas, acima de tudo, eu destaco o desenvolvimento e amadurecimento do personagem ao longo da história.
Agir como um canalha era seu escudo para manter os outros afastados o bastante. E Ji Hoon acabou por vir a acreditar que realmente não prestava. Mas Hye Soo, gênero de pessoa que vê o melhor lado dos outros, reconheceu o seu e o levou também a acreditar que ele não era o "lixo" que pensava ser. Afinal, o amor é mesmo isso: encontrar alguém que nos revele a melhor versão de nós mesmos.
E quem diria que o cafajeste do início viria a revelar-se um homem tão carinhoso, leal aos próprios sentimentos e disposto a abrir mão de seu modo vida despreocupado para apoiar a mulher que ama?!
O que mais gostei em Ji Hoon foi o fato de ele saber o que sentia e não desistir.
Levou tempo até que ele reconhecesse que seus sentimentos por Hye Soo haviam mudado, mas uma vez que isso aconteceu, ele não é capaz de os negar. Muito pelo contrário, ele os aceita completamente e luta para conquistar o coração dela, pois tem a certeza que ela sente o mesmo, e isso basta.


  • Eun Sung (Shin Rin Ah)

Eis a verdadeira responsável pela aproximação de Hye Soo e Ji Hoon!
No início, ela o detestava. O homem que quase atropelou sua mãe, que não tinha jeito nenhum com crianças, queria ser seu novo pai?! Convenhamos, qualquer menina de 7 anos ficaria horrorizada com o cenário. Mas, Eun Sung, com seu grande coração, lá consegue dar uma chance ao ahjussi. E é tão lindo ver como os dois acabam se dando tão bem.



Eun Sung é a filha que qualquer mãe adoraria ter. Sensível e sempre preocupada com Hye Soo, animando a mãe quando esta estava triste. Inteligente, com a simplicidade própria das crianças, sabia a coisa certa a dizer no momento certo.



 Foram várias as vezes que me peguei sorrindo com tanta fofura. É difícil eu me encantar com um personagem infantil, mas Eun Sung conquistou meu coração.



Aliás, como não se apaixonar pela relação mãe-e-filha dessas duas?! O carinho que uma tinha pela outro era evidente.
  • O romance


Muitas foram as críticas no que toca a escolha do elenco que interpretaria nosso casal protagonista. Apontavam o dedo à diferença de idades (ele 45, ela 28) e alegavam falta de química entre os personagens.
O pessoal esqueceu-se de um pormenor: no início, não era mesmo suposto haver empatia entre os dois. Afinal, ela estava se casando com ele apenas por dinheiro, praticamente vendendo seu fígado. Ou seja, tudo não passava de uma relação comercial, um contrato.



Conforme a trama vai se desenrolando, e a relação dos dois se desenvolvendo, aí sim começam-se a notar as mudanças. Bom, acho que depois DAQUELE primeiro beijo (que eu perdi a conta de quantas vezes dei replay), todo e qualquer tipo de crítica em relação ao entrosamento do casal foi por terra. Tanto sentimento resumido numa só cena.


Vaga garantida em qualquer top 10 de "melhores beijos de 2016"
De resto, foi um encantamento só acompanhar o romance desses dois. O amor deles era tão simples e bonito, que dava gosto de ver.



E Ji Hoon, o canalha do início, veio provar a ser o homem dos sonhos de qualquer mulher.



A maneira como ele se preocupava e cuidava dela. Como ele tentava se recompor para ser o apoio que ela precisava quando, por dentro, estava desabando tanto quanto ela.



Hye soo, por sua vez, que desde a morte do marido estava habituada a se cuidar sozinha, precisou reunir todas as forças para aceitar que precisava de ajuda e que Ji Hoon estava ali disposto a ser seu apoio incondicional.
Hye Soo: "Eu estou destruída. Estou destruída e só vai ficar pior. Eu posso me tornar alguém que você não conhece. A pessoa que você conheceu antes não vai ser a mesma. Tudo bem? Ainda assim, tudo bem?". Ji Hoon: "Vai ficar tudo bem, está tudo bem. Mesmo que você fique feia, tudo bem. Mesmo que você fique cem, mil vezes mais horrível, tudo bem. Não importa como você fique, eu não me importo. Haja o que houver, eu gosto de você como você é. Você é a minha Kang Hye Soo."


  • Os momentos "uma boa interpretação vale mais que mil palavras"




Marriage Contract provou (várias vezes) que nem sempre um roteiro precisa traduzir tudo em diálogos.
Há tantas cenas repletas de signifcado e simbolismo onde, mais do que qualquer palavra, valeu a qualidade da interpretação dos atores.
O momento em que Ji Hoon tem um surto de felicidade após conquistar a aprovação de Eun Sung.



A cena em que Hye Soo corta o cabelo. (Quem aí conseguiu não chorar junto com ela?)



Entre tantas outras cenas, onde um olhar e/ou uma expressão bastam para transmitir ao espectador o que o personagem está sentindo. Roteirista e direção estão de parabéns nesse sentido!


  • O final aberto




Desde o início sabemos que Hye Soo está doente e tem pouca chance de se salvar, o que torna quase nula qualquer expectativa de um happy ending.
Quando Ji Hoon envia o diagnóstico de sua amada para um especialista renomado nos EUA, acredito que muita gente ficou à espera de um milagre. Particularmente, eu gostei do rumo que o roteiro tomou, não concedendo o tal milagre a  Hye Soo. Afinal, dramaland  também precisa de algum realismo de vez em quando. Um milagre àquela altura do campeonato só tornaria um excelente melodrama num perfeito conto de fadas. Mas eu também não queria ver nossa heroína sofrer até o fim. Por isso, o desfecho de Marriage Contract tem todo o meu respeito. Digno e satisfatório, como não se podia esperar diferente de uma história que se manteve fiel a si mesma do início ao fim.


E Ji Hoon fecha o drama com as seguintes palavras: " Não sei quanto tempo temos. Pode ser um ano, ou um mês. Pode até ser amanhã, mas neste momento, estou vivendo sem arrependimentos. Então agora, há só uma coisa que eu posso fazer: eu te amo Hye Soo. Eu te amo. Eu te amo. Sem um minuto ou um segundo de descanso, eu te amo. "

Considerações finais:

Sei que 2016 ainda nem vai a meio, mas tenho a certeza de que Marriage Contract tem tudo para estar no TOP 10 de qualquer retrospectiva que venham a fazer sobre os melhores dramas quando o ano chegar ao fim.
A história, que à primeira vista parece um clichê já bem batido, surpreendeu pela positiva e o resultado foi um excelente trabalho. De roteiro, fotografia, direção, interpretação e produção.
Acabei por não falar muito dos personagens secundários para não deixar a resenha ainda mais longa, mas não quer dizer que não tenha gostado deles. Destaco o chefe de cozinha do restaurante (que amei de paixão!) e a melhor amiga da Hye Soo (divertida e cativante).
Finalizo mais um drama onde sorri, chorei e, principalmente, me encantei. E onde conheci mais dois ótimos atores, dos quais espero acompanhar futuros trabalhos.



A OST

Quem precisa de uma OST com 10 faixas quando duas, bem aproveitadas, funcionam perfeitamente?


Jisu - Hold On (minha preferida, e esse MV ficou lindo)



Jung Dong Ha - To You Again


Mais prints/cenas/posters:




Simplesmente amei os posteres de divulgação.


HAHA! O que eu ri com essa cena!




Digam lá se essa cena não foi um amor.