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quinta-feira, maio 05, 2016

[K-Drama] Marriage Contract


[K-Drama] Marriage Contract

Título (Inglês/Rom./Hangul): Marriage Contract/Gyeolheun Gyeyak/결혼계약
Direção: Kim Jin-Min
Roteiro: Jung Yoo-Gyung
Emissora: MBC
Episódios: 16
Ano: 2016

Sinopse: Ji Hoon é um filho ilegítimo de uma família rica. Quando a sua mãe descobre que precisa de um doador para um transplante de fígado e que se não arranjar um doador urgente ela pode morrer, ele resolve arranjar um membro da família para a realização da cirurgia. Porém o único irmão de sua mãe se recusa a fazer a doação e assim ele decide fazer um contrato de casamento como último recurso para salvar a sua mãe. Hye Soo está atolada em dívidas deixadas por seu falecido marido e vive sua vida fugindo dos cobradores juntamente com sua filha. Quando ela descobre que tem um tumor cerebral, ela deixa de lado sua timidez e assina o contrato matrimonial com Ji Hoon para quitar com suas dívidas. 

Na minha lista de estréias a acompanhar este ano, Marriage Contract entrou de penetra.
Meu interesse começou quando os pôsters de divulgação apareceram, mas com a febre #DOTS ainda no ar, acabou ficando em segundo plano. Aliás, Descendants of the Sun (O hit de 2016) ofuscou o brilho tanto de Marriage Contract quanto de Please, Come Back Mister. Dois excelentes dramas que, de certeza, passaram despercebido por muita gente que andava, na altura, surtando com SongSongCouple e companhia (eu incluída).
Mas, voltando ao título do post, apetece-me fazer uma resenha por tópicos desta dez.
Vamos lá às razões para assistir!

  • Hye Soo (UEE)

Pense numa mulher forte. Nossa heroína é a personificação do título "mãe-coragem". 
Hye Soo perdeu o marido num acidente e ganhou de herança uma dívida que ele tinha contraído aos agiotas. Com uma filha pequena para criar (a fofa Eun Sung), ela luta como pode para sobreviver.
Como num bom melodrama que se preze, a desgraça não acaba aí.
Certo dia, Hye Soo quase é atropelada e, como acaba perdendo os sentidos, é levada ao hospital onde faz um checkup, vindo a descobrir que tem um tumor inoperável no cérebro, com uma percentagem mínima de sobrevivência mesmo com tratamento.
É, nossa mocinha não tem sorte nenhuma na vida. Mas isso está prestes a mudar.
Hye Soo se oferece, e é contratada, para trabalhar no restaurante de Ji Hoon (que é, por obra e graça de dramaland, a pessoa que quase a atropelou).
Se tem coisa que aprecio numa história, seja ela qual for, é uma personagem feminina forte. E UEE está de parabéns pelo trabalho de interpretação com sua Hye Soo. As decisões que ela toma ao longo da história podem ser, aos olhos da generalidade das pessoas, completamente discutíveis. Mas, o que é capaz de fazer uma mãe com poucos recursos, com agiotas à perna cobrando uma dívida e, como se não bastasse, descobrindo que tem os dias contados, para garantir o futuro de sua filha? Por mais que possa ser criticável do ponto de vista moral é totalmente compreensível a posição da nossa mãe-coragem.

  • Ji Hoon (Lee Seo Jin)


À primeira vista, nosso mocinho é um canalha de primeira. Dono de um restaurante, filho de um magnata, Ji Hoon nos é apresentado com o típico bon vivant.
Quando descobre que sua mãe, Oh Mi Ran, está doente e só um transplante de fígado pode salvá-la, Ji Hoon é levado a agir e, ao ver recusado o pedido ao seu tio para que doasse o fígado à sua irmã, só lhe passa pela cabeça uma solução: convencer uma mulher a se casar com ele e, em troca de uma quantia generosa, como é óbvio, conseguir assim um doadora para sua mãe.
Hye Soo ouve uma conversa e, precisando desesperadamente de dinheiro para pôr sua vida em ordem e garantir um futuro digno para Eun Sung antes que sua doença avançasse, oferece-se de imediato para casar-se com Ji Hoon.
E começa aí o nosso drama.

É público e notório que eu tenho uma queda por ahjussis, e mais ainda por personagens masculinos com desvios de conduta, então dá pra ver que Ji Hoon foi, pra mim, paixão à primeira vista. Mas, acima de tudo, eu destaco o desenvolvimento e amadurecimento do personagem ao longo da história.
Agir como um canalha era seu escudo para manter os outros afastados o bastante. E Ji Hoon acabou por vir a acreditar que realmente não prestava. Mas Hye Soo, gênero de pessoa que vê o melhor lado dos outros, reconheceu o seu e o levou também a acreditar que ele não era o "lixo" que pensava ser. Afinal, o amor é mesmo isso: encontrar alguém que nos revele a melhor versão de nós mesmos.
E quem diria que o cafajeste do início viria a revelar-se um homem tão carinhoso, leal aos próprios sentimentos e disposto a abrir mão de seu modo vida despreocupado para apoiar a mulher que ama?!
O que mais gostei em Ji Hoon foi o fato de ele saber o que sentia e não desistir.
Levou tempo até que ele reconhecesse que seus sentimentos por Hye Soo haviam mudado, mas uma vez que isso aconteceu, ele não é capaz de os negar. Muito pelo contrário, ele os aceita completamente e luta para conquistar o coração dela, pois tem a certeza que ela sente o mesmo, e isso basta.


  • Eun Sung (Shin Rin Ah)

Eis a verdadeira responsável pela aproximação de Hye Soo e Ji Hoon!
No início, ela o detestava. O homem que quase atropelou sua mãe, que não tinha jeito nenhum com crianças, queria ser seu novo pai?! Convenhamos, qualquer menina de 7 anos ficaria horrorizada com o cenário. Mas, Eun Sung, com seu grande coração, lá consegue dar uma chance ao ahjussi. E é tão lindo ver como os dois acabam se dando tão bem.



Eun Sung é a filha que qualquer mãe adoraria ter. Sensível e sempre preocupada com Hye Soo, animando a mãe quando esta estava triste. Inteligente, com a simplicidade própria das crianças, sabia a coisa certa a dizer no momento certo.



 Foram várias as vezes que me peguei sorrindo com tanta fofura. É difícil eu me encantar com um personagem infantil, mas Eun Sung conquistou meu coração.



Aliás, como não se apaixonar pela relação mãe-e-filha dessas duas?! O carinho que uma tinha pela outro era evidente.
  • O romance


Muitas foram as críticas no que toca a escolha do elenco que interpretaria nosso casal protagonista. Apontavam o dedo à diferença de idades (ele 45, ela 28) e alegavam falta de química entre os personagens.
O pessoal esqueceu-se de um pormenor: no início, não era mesmo suposto haver empatia entre os dois. Afinal, ela estava se casando com ele apenas por dinheiro, praticamente vendendo seu fígado. Ou seja, tudo não passava de uma relação comercial, um contrato.



Conforme a trama vai se desenrolando, e a relação dos dois se desenvolvendo, aí sim começam-se a notar as mudanças. Bom, acho que depois DAQUELE primeiro beijo (que eu perdi a conta de quantas vezes dei replay), todo e qualquer tipo de crítica em relação ao entrosamento do casal foi por terra. Tanto sentimento resumido numa só cena.


Vaga garantida em qualquer top 10 de "melhores beijos de 2016"
De resto, foi um encantamento só acompanhar o romance desses dois. O amor deles era tão simples e bonito, que dava gosto de ver.



E Ji Hoon, o canalha do início, veio provar a ser o homem dos sonhos de qualquer mulher.



A maneira como ele se preocupava e cuidava dela. Como ele tentava se recompor para ser o apoio que ela precisava quando, por dentro, estava desabando tanto quanto ela.



Hye soo, por sua vez, que desde a morte do marido estava habituada a se cuidar sozinha, precisou reunir todas as forças para aceitar que precisava de ajuda e que Ji Hoon estava ali disposto a ser seu apoio incondicional.
Hye Soo: "Eu estou destruída. Estou destruída e só vai ficar pior. Eu posso me tornar alguém que você não conhece. A pessoa que você conheceu antes não vai ser a mesma. Tudo bem? Ainda assim, tudo bem?". Ji Hoon: "Vai ficar tudo bem, está tudo bem. Mesmo que você fique feia, tudo bem. Mesmo que você fique cem, mil vezes mais horrível, tudo bem. Não importa como você fique, eu não me importo. Haja o que houver, eu gosto de você como você é. Você é a minha Kang Hye Soo."


  • Os momentos "uma boa interpretação vale mais que mil palavras"




Marriage Contract provou (várias vezes) que nem sempre um roteiro precisa traduzir tudo em diálogos.
Há tantas cenas repletas de signifcado e simbolismo onde, mais do que qualquer palavra, valeu a qualidade da interpretação dos atores.
O momento em que Ji Hoon tem um surto de felicidade após conquistar a aprovação de Eun Sung.



A cena em que Hye Soo corta o cabelo. (Quem aí conseguiu não chorar junto com ela?)



Entre tantas outras cenas, onde um olhar e/ou uma expressão bastam para transmitir ao espectador o que o personagem está sentindo. Roteirista e direção estão de parabéns nesse sentido!


  • O final aberto




Desde o início sabemos que Hye Soo está doente e tem pouca chance de se salvar, o que torna quase nula qualquer expectativa de um happy ending.
Quando Ji Hoon envia o diagnóstico de sua amada para um especialista renomado nos EUA, acredito que muita gente ficou à espera de um milagre. Particularmente, eu gostei do rumo que o roteiro tomou, não concedendo o tal milagre a  Hye Soo. Afinal, dramaland  também precisa de algum realismo de vez em quando. Um milagre àquela altura do campeonato só tornaria um excelente melodrama num perfeito conto de fadas. Mas eu também não queria ver nossa heroína sofrer até o fim. Por isso, o desfecho de Marriage Contract tem todo o meu respeito. Digno e satisfatório, como não se podia esperar diferente de uma história que se manteve fiel a si mesma do início ao fim.


E Ji Hoon fecha o drama com as seguintes palavras: " Não sei quanto tempo temos. Pode ser um ano, ou um mês. Pode até ser amanhã, mas neste momento, estou vivendo sem arrependimentos. Então agora, há só uma coisa que eu posso fazer: eu te amo Hye Soo. Eu te amo. Eu te amo. Sem um minuto ou um segundo de descanso, eu te amo. "

Considerações finais:

Sei que 2016 ainda nem vai a meio, mas tenho a certeza de que Marriage Contract tem tudo para estar no TOP 10 de qualquer retrospectiva que venham a fazer sobre os melhores dramas quando o ano chegar ao fim.
A história, que à primeira vista parece um clichê já bem batido, surpreendeu pela positiva e o resultado foi um excelente trabalho. De roteiro, fotografia, direção, interpretação e produção.
Acabei por não falar muito dos personagens secundários para não deixar a resenha ainda mais longa, mas não quer dizer que não tenha gostado deles. Destaco o chefe de cozinha do restaurante (que amei de paixão!) e a melhor amiga da Hye Soo (divertida e cativante).
Finalizo mais um drama onde sorri, chorei e, principalmente, me encantei. E onde conheci mais dois ótimos atores, dos quais espero acompanhar futuros trabalhos.



A OST

Quem precisa de uma OST com 10 faixas quando duas, bem aproveitadas, funcionam perfeitamente?


Jisu - Hold On (minha preferida, e esse MV ficou lindo)



Jung Dong Ha - To You Again


Mais prints/cenas/posters:




Simplesmente amei os posteres de divulgação.


HAHA! O que eu ri com essa cena!




Digam lá se essa cena não foi um amor.




sábado, abril 09, 2016

[K-Drama] Angel Eyes

[K-Drama] Angel Eyes

 
Título (EN/Rom./Hangul): Angel Eyes/Enjelaizeu/엔젤아이즈 
Direção: Choi Mun-Seok
Roteiro: Yoon Ji-Ryeon
Emissora: SBS
Episódios: 20
Ano: 2014 


Sinopse: Park Dong Joo é um cirurgião e Yoon Soo Wan é uma trabalhadora do resgate de emergência. Ela estava cega quando era mais jovem, mas uma cirurgia de transplante de olhos permitiu que ela visse novamente. Park Dong Joo e Yoon Soo Wan foram o primeiro amor um do outro, mas eles se separaram devido a histórias familiares tristes. Após 12 anos eles se encontram novamente.

A sinopse acima resume o básico de uma trama com muitas revelações e desenvolvimentos.

Yoon Soo Wan perdeu a visão ainda criança num trágico acidente onde também ficou sem mãe. Seu pai, Yoon Jae Beom, diretor de um hospital e cirurgião de sucesso, nunca deixou de acreditar que, um dia, sua filha voltaria a ver. Bastava para isso que um doador surgisse, de forma a que fosse feito um transplante de córnea.
Entretanto, Yoon Soo Wan conhece Park Dong Joo. Um rapaz inteligente e esforçado que distribui de bicicleta pela vizinhança o mingau que sua mãe faz. Ele se apaixona à primeira vista por Soo Wan, que antes de conhecer Dong Joo e sua família, não tinha nenhuma alegria de viver, exceto seu trabalho no planetário local, onde dava pequenas palestras sobre astronomia. Com Dong Joo ela ganha também uma família. Jung Hwa, mãe dele, acaba se tornando uma segunda mãe para Soo Wan.


Tudo vai bem, até que Jung Hwa é atropelada, ficando gravemente ferida e tendo que ser submetida a uma cirurgia, por acaso conduzida por Yoon Jae Beom. Antes, ela revela ao filho seu último desejo (caso não sobrevivesse): queria que seus olhos fossem doados a Soo Wan.
A cirurgia é bem sucedida e Jung Hwa tem boas chances de recuperação. Mas duas decisões mudam tudo. Jung Hwa morre. Por consequência, Soo Wan é submetida ao transplante. E Dong Joo tem uma missão a seguir ao funeral de sua mãe: levar a irmã mais nova para os Estados Unidos, onde teria tratamento médico para sua doença. Tudo isso quase ao mesmo tempo, o que não deixa a Dong Joo oportunidade de se despedir de Soo Wan.

Passados 12 anos, Dong Joo (agora um médico de sucesso) está de volta à Coréia, determinado a reencontrar seu primeiro (e único) amor, Yoon Soo Wan (agora parte integrante da equipe do resgate de emergência - 119).

 Destaques

!!!ALERTA DE SPOILER!!! - Se você ainda não asssitiu e pretende assistir e não gosta de spoilers, a leitura a partir daqui é por sua conta e risco ;-)

  • Os protagonistas na fase jovem:

Preciso dizer o quanto gostei dos atores que interpretaram os jovens Park Dong Joo e Yoon Soo Wan. Os dois deram ao casal exatamente o que era preciso: a doçura e o entusiasmo do primeiro amor. Impossível não se apaixonar por eles.


  • O romance:

Tanto na fase jovem quanto na fase adulta, o casal tem lindos momentos juntos, mesmo memoráveis. Sendo o meu preferido o beijo do 13º episódio.


Não esquecendo do pedido de casamento no planetário, depois que Dong Joo entrega a Soo Wan todos os presentes de aniversário que guardou durante os 12 anos em que estiveram separados.

Nem do primeiro beijo passados 12 anos.
Que remete ao primeiro beijo dos jovens Dong Joo e Yoon Soo Wan.

  • Os objetos, lugares e momentos déjà-vu:

Foram muito bem aproveitados pelo roteiro os objetos que representam o amor dos dois e ligam o casal. 
O mp3 e o apito na cena do aeroporto (o que eu me emocionei com essa cena, gente...)
 Assim como o planetário.
E os momentos que levam a flashbacks.

  • Personagens das fases jovem e adulta compartilhando o mesmo cenário.

Agradou-me muito ver esse tipo de combinação do passado com o presente. Entre as minhas cenas favoritas, está o atual Dong Joo com a jovem Soo Wan.

  • Excelente interpretação de Lee Sang Yoon

Sério, não é só porque me apaixonei pelo ator, não. (fangirl mode on ~ A propósito, onde se escondia essa criatura maravilhosa que eu ainda não conhecia?! ~ fangirl mode off) 
Ele conseguiu transmitir na perfeição os sentimentos de Dong Joo em todas as situações, das mais alegres às mais frustrantes. Eu sorri com ele, chorei com ele, sofri com ele até o fim.
Sem dúvida, virei fangirl de Lee Sang Yoon! Vou acompanhar seus futuros trabalhos com certeza.

  • A parceria/amizade de Min Soo e Woo Chul 

Esses dois eram parte dos secundários responsáveis por quebrar a tensão e melodrama da história. A interação deles era muito divertida de acompanhar. 

  • O trio do serviço de emergência do hospital

Impossível não rir com esses três, que passavam a vida de tititi sobre os doutores e até chegavam a esquecer que tinham pacientes pra cuidar. 

O elenco é extenso, então tem muito personagem que deixei de fora, mas nem por isso são menos importantes :-)

  • A parte desnecessária do drama

Quem está nessa vida há pelos menos meia dúzia de dramas sabe que um final feliz limpinho, sem sofrimento em demasia envolvido, às vezes, é pedir demais do roteirista. A gente sabe. Mas precisava mesmo fazer o espectador sofrer tanto e por tantos episódios consecutivos?!
Eu destaquei o personagem de Park Dong Joo porque ele (salvo os primeiros episódios quando tenta -sem sucesso- cumprir a ordem do pai de Soo Wan e se afastar dela) se mantém fiel ao que é e ao seu amor até o fim. Mesmo quando ele descobriu que Jae Beom tinha sido o responsável pela morte de sua mãe, apesar de ficar abalado, sem saber muito bem como proceder daí pra frente, ele conseguiu focar em seu amor por Soo Wan e não desistiu de ficar com ela.
E como Soo Wan retribui? Sendo uma idiota, claro. A personagem me decepcionou muito nos últimos episódios. Aquela história de se culpar por todo o sofrimento de todo mundo... não me convenceu (sinto muito, roteirista!). Ela entrou numa depressão que já estava me irritando profundamente e pra piorar ainda resolve desaparecer por um ano. UM ANO. Um ano em que Dong Joo esperou por ela, sofreu se perguntando onde ela estaria, se estaria bem. 
E você me pergunta: pode ficar pior? Mas é claro! 
Um ano depois, os dois se reencontram (again) e ela não está interessada em voltar para casa. Por quê? Porque não quer fazê-lo sofrer novamente (!) (Sério, roteirista? Também não me convenceu nessa.)
E para piorar (achou que não era possível? O roteirista mostra o contrário), quando tudo parecia se encaminhar a bom porto, aos '45 do segundo tempo, PAH!, Dong Joo é atropelado.
Juro, meu coração parou nessa cena.
Mas, depois desse sofrimento todo, a história lá consegue caminhar para um final feliz, satisfatório se levarmos tudo em conta.


CONCLUSÃO:
Angel Eyes é o tipo de drama que te contagia a tal ponto que é impossível não sofrer e se emocionar junto com os personagens. Os desenvolvimentos e reviravoltas da metade para o fim da trama me surpreenderam várias vezes. Cada nova revelação me deixava mais e mais ansiosa para o episódio seguinte e quando dei por mim, tinha acabado. Apesar de toda enrolação desnecessária dos últimos episódios, valeu muito a pena. Está no meu top 10, sem dúvida.
Ainda sobre o roteiro, é uma história que, no fundo, nos faz refletir. 
Como as decisões que tomamos podem mudar o rumo, não só de nossas próprias vidas mas também daqueles que amamos.
Como as palavras "E se..." podem ter peso na nossa vida. E se Jung Hwa estivesse viva? E se tudo tivesse acontecido de forma diferente? No penúltimo episódio temos um vislumbre do que poderia ter sido.
Mas a realidade é que o tempo não volta atrás e não podemos modificar o passado. Temos, sim, que aprender a viver com ele.
E por fim, como um grande e verdadeiro amor pode sobreviver através do tempo e da distância. 
Angel Eyes é uma história triste, sofrida, mas muito bonita.

Um drama para ver e rever.

A OST
Fiquei encantada com a ost desse drama. Me pegava cantarolando as músicas o dia todo em todo lado. Sigamos:

A abertura (com uma das cenas mais emocionantes no fim do vídeo)

 Lasse Lindh - Run To You (a faixa que te transporta logo de volta para a história)

Baek Ah Yeon - Three Things I Have Left (uma das divas das trilhas sonoras de dramas que nunca decepciona)


Jo Jung Hee - Blue Bird

Yoon Gun - Love Too Much (a letra é linda)

Simon & Garfunkel - April Come She Will 



quinta-feira, fevereiro 11, 2016

[K-Drama] I Can Hear Your Voice


[K-Drama] I Can Hear Your Voice


Título (EN/Rom./Hangul): I Can Hear Your Voice/Neoui Moksoriga Deulleo/너의 목소리가 들려
Direção: Jo Soo-Won
Roteiro:  Park Hye-Ryun
Emissora: SBS
Episódios: 18
Ano: 2013

Sinopse:  Jang Hye Sung (Lee Bo Young) é uma advogada corajosa e atrevida, com uma língua afiada e que acha pouco animador o seu trabalho. Cha Kwan Woo (Yoon Sang Hyun) é um ex-policial sério e apaixonado que se torna um advogado do governo. Enquanto isso, Park Soo Ha (Lee Jong Suk) é um garoto de 19 anos que tem a habilidade de ler a mente das pessoas. Juntos eles irão formar um time que resolverá casos que ninguém mais quer.


I Can Hear Your Voice entrou para a minha lista quando acabei de assistir a Pinocchio. Fiquei curiosa para ver outros trabalhos de Lee Jong-Suk. E não me arrependi. O garoto tem talento.
Esse drama teve ótima audiência em seu período de exibição e ganhou vários prêmios (merecidos). Vamos aos personagens:

  • Jang Hye-Sun
Uma advogada conhecida por não se interessar muito pela profissão, acaba se candidatando ao cargo de defensora pública (e conseguindo a vaga).

 
Jang Hye-Sun testemunhou há dez anos atrás num caso de homicídio e as consequências desse ato dão o mote para a história do drama. O assassino que ela, com seu testemunho, ajudou a pôr na cadeia jurou-lhe vingança.
Confesso que não encanto facilmente por protagonistas femininas, mas Lee Bo Young certamente entrou para a minha lista de atrizes prediletas. Simplesmente adorei a interpretação dela.
Jang Hye-Sun tem personalidade forte, língua afiada e determinação. Orgulhosa, quase incapaz de dizer "obrigada", mas também com um senso de justiça e verdade que a deixaram muito humana.
Amei a forma como ela, em casa, andava toda à vontade e nos tribunais se vestia impecavelmente. E amei o desenvolvimento da personagem ao longo da história, que começou por ser uma advogada que só estava na profissão pelo retorno monetário, não ligando muito para seus clientes para se tornar uma defensora pública dedicada.

  • Park Soo-Ha
Ainda criança, presenciou o assassinato de seu pai na sequência de um acidente de carro e, desde então, adquiriu a habilidade de ler os pensamentos dos outros. Parece fantasioso, não? Mas na realidadee isso não atrapalhou o roteiro e deixou a história, em muitos momentos, até mais interessante.
No início, Park Soo-Ha pode parecer um pouco muito dependente de seus sentimentos e da promessa que fez à pessoa que testemunhou no julgamento do homicida de seu pai (sim, Jang Hye-Sun). Dez anos depois, ele não esqueceu a promessa que lhe fez: protegê-la a todo custo. Contudo, é um personagem que vai evoluindo, mostrando-se muitas vezes o mais maduro do elenco.

Debochando da falta de habilidade culinária de Jang Hye-Sun lol
Lee Jong-Suk, para mim, é aquele tipo de ator que consegue chegar à alma do espectador fazendo-nos, muitas vezes, chorar junto com o personagem. Foi assim em Pinocchio e foi assim em I Can Hear Your Voice. Esse garoto tem talento e tem futuro. *fangirl mode on* E vamos combinar, né, quem consegue resistir àquele sorriso? E àquela boca?! *fangirl mode off*

  • Cha Kwan-Woo
O advogado Cha!
Diferente de muitos fãs do gênero, eu não acompanho a onda anti-fan em relação ao ator Yoon Sang-Hyun.
O advogado Cha é um ex-policial que muda de profissão (motivo muito válido, a ser explicado mais para o fim do drama) e acaba passando no concurso para a defensoria pública junto com Jang Hye-Sun. Diferente de sua colega, Cha Kwan-Woo é um profissional dedicado, verdadeiramente apaixonado por sua profissão e por Jang Hye-Sun que vai até ao fim para defender seus clientes.
O que mais gostei no advogado Cha foi justamente sua paixão pela profissão e a forma como ele conduziu seus sentimentos por Jang Hye-Sun ao longo da história, sem egoísmo.

Cha Kwan-Woo é um personagem divertido e, ao mesmo tempo maduro, capaz de dar conselhos e lições importantes no decurso da história.

  • Seo Do-Yeon
Esta supostamente devia ser a b***ch do drama, mas o desenvolvimento da personagem de Lee Da-Hee surpreendeu e ela com certeza ganhou a simpatia dos que acompanharam a história.
Seo Do-Yeon, há dez anos atrás, era filha do patrão da mãe de Jang Hye-Sun e testemunhou com ela o homicídio do pai de Soo-Ha, mas não teve coragem de se apresentar no julgamento.
Talvez para tentar se redimir dessa atitude, torna-se promotora pública e, dez anos depois, reencontra Jang Hye-Sun em tribunal.

A relação dessas duas é muito engraçada. Ao mesmo tempo que Jang Hye-Sun nunca a perdoou por não ter ido testemunhar em tribunal o que viu, ambas acabam se ajudando em várias ocasiões.

  • Min Joon-Kook
Sem dúvida, o melhor vilão que já vi em dramas. Min Joon-Kook é frio, calculista. Depois de dez anos na prisão, alimentando o ódio pela menina que testemunhou contra si em tribunal, ele só pensa em uma coisa: vingança.

Jung Woong-In está de parabéns pela interpretação. Mesmo depois de explicado o motivo que o levou a se transformar no monstro que é, acho que nada justifica toda a maldade que ele fez. Mas, para mim, vilão bom é vilão ruim. E Min Joon-Kook foi um personagem marcante.


  • Juiz Kim e seus assistentes
O que eu ri com esse juiz! Foi a personagem mais cômica da história, sem dúvida. Quase não deu para acreditar nele no último episódio, quando resolveu falar sério uma vez na vida. 

"A advogada Jang está atrás de mim, não está?" lol



  • Shin Sang-Duk e Choi Yoo-Chang
Uma dupla cômica.
Gostei, sobretudo, das tentativas de Shin Sang-Duk em tornar a advogada Jang numa boa defensora pública. Toda a implicância que ele tinha com ela não era gratuita.
Yoo-Chang era a alegria do escritório. E quem aí também acredita que ele tinha um fraquinho pelo advogado Cha, hã?

  • Ko Sung-Bin e Choong Ki
Colegas de escola de Soo-Ha. O casal secundário. Bom, era para ser um casal, mas acabou sendo mais uma paixão platônica de Choong Ki já que Sung-Bin era apaixonada por Soo-Ha.

O casal principal

Gostei muito de como a história dos dois se desenvolveu durante o drama. E gostei principalmente do fato de não ter havido drama (desculpe o trocadilho) na questão da diferença de idade. Tanto Soo-Ha como Jang Hye lidaram com seus sentimentos com a maior naturalidade, e o que era para ser um tabu simplesmente não foi.

Gostei deles como casal. Havia clima. E apesar de o advogado Cha ser um bom concorrente, sempre shippei Jang e Soo-Ha.

Conclusão:
I Can Hear Your Voice é uma comédia romântica com muito suspense cujo ponto-chave é o roteiro muito bem conduzido. Não há episódio chatos, não há enrolação. Sou suspeita porque sempre gostei do gênero policial/jurídico, mas não achei nenhum julgamento maçante. Cada episódio nos deixa com vontade de assistir o próximo.
No final, nada de pontas soltas. Tudo que era para ser esclarecido, foi. E ao fim do último episódio, é o tipo de drama que nos deixa órfãos. Sabe, aquela saudade que a gente já sente quando o drama acaba? Pois é, I Can Hear Your Voice me deixou assim.



A OST


Jung Yup - Why Did You Come Now?

Every Single Day - Echo

Kim Yeon Ji - In My Eyes